O arquivo DNG é uma extensão de arquivo RAW criado pela Adobe.
Assim como as diferentes fabricantes de câmeras optaram em utilizar diferentes extensões, a Adobe com o DNG tenta padronizar os arquivos gerados por estas diferentes marcas para facilitar o fluxo de trabalho futuro, pois alguns fotógrafos podem migrar de marca no decorrer da profissão. Importante também para aumentar sua compatibilidade com programas de edição.
Por exemplo, as câmeras Nikon geram os arquivos .NEF. Já as Canon usam o padrão .CR2.
Tá legal, mas quais os benefícios para nós fotógrafos? Tenho certeza que alguém perguntaria isso nos comentários ou via e-mail, então me adiantei. 😉
Se ainda houver dúvida, fique à vontade em perguntar. Com sua ajuda posso deixar este artigo mais completo.
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Os benefícios do DNG segundo a Adobe
Segundo a Adobe os benefícios podem ser divididos em 02 classes.
Para fotógrafos
- O formato DNG promove a confiabilidade dos arquivos, uma vez que as soluções de software de imagem digital poderão abrir seus arquivos raw com mais facilidade no futuro.
- Uma única solução de processamento raw gera um fluxo de trabalho mais eficaz durante a manipulação de arquivos raw de vários modelos e fabricantes de câmeras.
- Uma especificação documentada publicamente e disponível para uso imediato pode ser adotada por fabricantes de câmera e atualizada para se adaptar às mudanças tecnológicas.
Para fabricantes de hardware e software
- O DNG remove uma possível barreira à adoção de novas câmeras, pois os arquivos raw dos modelos novos serão imediatamente compatíveis com o Photoshop e outros aplicativos.
- O formato DNG permite economizar em pesquisa e desenvolvimento, reduzindo a necessidade de desenvolver novos formatos e simplificando os testes de câmera.
- Um formato comum permite maior controle sobre a qualidade das conversões feitas por aplicativos de terceiros.
- A especificação permite adicionar metadados privados aos arquivos DNG, o que possibilita uma diferenciação.
Os Benefícios do DNG, segundo eu mesmo (rsrsrs)
Como fotógrafo profissional há anos, trabalho com RAW desde 2008. De lá para cá todas minhas fotografias, exceto as dos dispositivos móveis como iPhone e iPad, são feitas em RAW.
Como meu trabalho é fotografar 100% das vezes em ambientes externos, onde nem sempre temos as mesmas condições de luz do início ao fim, o RAW é super importante para realizar ajustes finos. Após o processo de edição e tratamento, converto todos os arquivos para DNG.
- O DNG é mais leve que os NEF gerado pela Nikon e provavelmente que os CR2 da Canon, ocupando menos espaço em disco e facilitando as cópias para backup.
- É mais leve para o processamento dentro do Lightroom, fator que pode nos proporcionar maior produtividade, principalmente em trabalhos com grande volume de fotografias, como casamentos;
- Você pode salvar as informações de pós produção que você fez no Lightroom no próprio arquivo DNG;
- Ter um arquivo universal caso tenha feito um trabalho com um colega que usa outra marca de equipamento.
- Conseguir Validar suas fotos para verificar se não estão corrompidas garantir a integridade seu backup.
Fotografia abaixo é um exemplo de que os arquivos em DNG permanecem com a mesma qualidade dos arquivos RAW originais gerados pela câmera. É uma fotografia de um trabalho autoral que tenho sobre “fotografias de natureza”.
Este JPEG foi gerado através do DNG que tenho em meu lightroom. Qualidade total. Claro que aqui no blog está com compressão, para facilitar o carregamento mesmo em internet móvel. 😉
Algumas dúvidas de leitores
- O arquivo DNG perde qualidade? Definitivamente Não. Desde que seja feita a conversão corretamente sem compressão
- E os Metadados da Fotografia? Eles permanecem intactos, assim como no RAW gerado pela câmera. Informações importantes para provar a autoria da fotografia.
- Os arquivos DNG podem se tratados como RAW? Sim. Eles ainda são RAW, só que na extensão DNG.
- Faz diferença importar direto em DNG ou converter após a importação? Sim para sua produtividade. Ao importar em DNG você vai demorar um tempão convertendo todas suas fotos, inclusive as que vai deleter futuramente. Então converta após ter as fotos que vão para o cliente.
- Se eu converter a imagem em DNG após a edição das imagens, as alterações feitas ficarão automaticamente gravadas no arquivo? Ou tem que alterar alguma configuração para isso? Não há necessidade de alterar nenhuma configuração no Lightroom. Inclusive recomendo fazer isso mesmo, tratar todas as fotos e depois converter. Se refizer alguns ajustes, peça para atualizar os metadados da foto.
- Se as alterações ficam gravadas no arquivo, ele mantém o histórico de alterações? Sim. O que muda em salvar no DNG é o fato de você precisar abrir estar foto em outro catálogo, sem exportar.
- Se, por exemplo, eu for enviar uma imagem para um concurso, que peça o arquivo original, ele serve? Acredito que sim, pois o DNG é um arquivo RAW. Inclusive tem câmeras que já fotografam em DNG.
- Após a conversão, o arquivo original deixa de ser .NEF e passa a ser .DNG ou os arquivos originais permanecem? Depende da opção que você escolher na hora de converter. Eu sempre peço para o Lightroom “Deletar os RAW Originais após conversão bem sucedida“. No vídeo abaixo, está em inglês “Delete originals after successful conversion“.
Como converter seu RAW para DNG?
Como fotógrafo, utilizo o Lightroom para todo meu processo de pós evento, seja para fotografia de casamento, família e paisagens. Acredito que a maioria dos fotógrafos também. Se você ainda não usa o Lightroom, está perdendo um tempão em produtividade.
Assista o vídeo: Gravei este vídeo para te ensinar como converter RAW para DNG de maneira simples e rápida usando o Lightroom. Corre lá.
Espero ter lhe auxiliado e respondido as dúvidas mais comuns sobre o assunto.
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Abraços! 😉